Os indivíduos transgêneros são aqueles que não se identificam com o sexo biológico designado ao nascimento e alguns deles buscam assistência médica para intervenções que visam afirmar fenotipicamente (características físicas) o gênero de identidade. Estas intervenções incluem desde tratamentos estéticos e hormonais até cirurgia de adequação ao gênero.
A terapia hormonal, também conhecida como estrogenioterapia, é utilizada para iniciar o processo de feminização de mulheres transgênero, a fim de promover o aparecimento de características sexuais secundárias, promovendo o bem-estar físico, mental e emocional da paciente.
Dessa maneira, a hormonioterapia tem como objetivo o aparecimento e desenvolvimento das mamas, redução das características masculinas, como pelos faciais e corporais. Entretanto, após três meses de terapia pode-se notar mudanças como a redução de massa muscular, libido, ereções espontâneas, volume testicular e atrofia prostática.
Durante a hormonização, também são utilizadas medicações adjuvantes, os antiandrogênios, que no processo de redesignação sexual, atuará no bloqueio do receptor androgênico ou reduzindo a produção de testosterona. Essa medicação atuará na redução do crescimento dos pelos ou no caso de queixas da persistência de ereções espontâneas.
Atualmente, no Brasil utiliza-se o acetato de ciproterona, derivado da progesterona que atua como antiandrogênio através da inibição da secreção de gonadotrofinas e bloqueio da ligação de testosterona ao seu receptor.
O acetato de ciproterona é utilizado no tratamento do câncer de próstata, puberdade precoce, condições de pele e cabelo dependentes de andrógeno, como acne, seborreia, hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e alopecia androgênica (perda de cabelo padrão), e hiperandrogenismo. Ele pode ser usado isoladamente e em combinação com um estrogênio, sendo um componente da terapia hormonal feminilizante para mulheres transgênero. Está disponível para uso por via oral e por injeção no músculo.
Idealmente o acompanhamento de pessoas transexuais e travestis deve ser feito no contexto de um serviço especializado, multiprofissional e multidisciplinar. A abordagem da transgeneridade inclui: endocrinologistas, psiquiatras e psicólogos. Portanto, consulte sempre seu médico antes de iniciar qualquer tratamento.
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Adaptado de:
“Papel do farmaceutico na hormonioterapia de mulheres transgenero” disponível em https://www.crfmg.org.br/site/uploads/areaTecnica/20220406[130407]Nota_Tecnica_002-22_Papel_do_farmaceutico_na_hormonioterapia_de_mulheres_Transgenero.pdf
“Descrição de medicamentos prescritos para a terapia hormonal em serviços de saúde especializados para transexuais e travestis no Rio Grande do Sul, 2020” disponível em
https://www.scielo.br/j/ress/a/bKGfc8Bnycn5jHrMSH946tQ/?format=pdf&lang=pt
“A guide to hormone therapy for trans people” disponível em
https://medium.com/@coletivonb/guia-da-terapia-hormonal-para-pessoas-trans-cd5754fbc496
“Atenção às pessoas transgênero” disponível em
https://www.intramed.net/contenidover.asp?contenidoid=96750